Pudesse eu voar e não correria mais. Pudesse eu gritar e não me calaria mais. Pudesse eu... tantos se's que me preenchem o dia-a-dia e o concreto para não ser realidade alcançável!
Voaria, sim, voaria para não ter que ver de tão perto as mesquinhices que parecem ser o pilar de muitas fundações que se erguem aparentemente fortes! Gritaria para fazer ouvir o silêncio que à muito me cala os pulmões que se enchem de ar que não podem libertar! Arrancaria das paredes que me rodeiam todos estes se's e destruía todas as barreiras que me impedem de chegar, mesmo que por terra, até ao destino que tenho assinalado no mapa que um labirinto encerra. Gostava de muitas vezes poder estalar os dedos e fazer tudo desvanecer numa ápice e fingir que tudo corre bem! Ora, mas que besteira digo? Fingir? Ilusões? Que as leve o vento. A vida não pode nem deve ser construída com base nesses tais pilares que a falsidade faz enraizar nas mentes de muitos que se acham senhores do reino.
Porquê essa necessidade, essa sede de posse? Porquê essa incansável sede de poder e de ser a mão por de trás das marionetas que insistes em criar? PÁRA! Pára de tentar conquistar os que a outros pertence, vive por ti, vive com os outros e não contra eles. Porquê ver em todos um potencial adversário? Se um dia conseguires partilhar o monopólio da vida então não irás sentir sempre essa necessidade de comprar todas as casas e de passar constantemente pela casa de partida! Aprende a jogar vivendo e não queiras viver a jogar!